LUIZ GONZAGA
A Homenagem Bem Viver vai para um pernambucano nascido em Exu exatamente em treze de dezembro de mil novecentos e doze. Foi um compositor popular e aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e festas religiosas. Quando foi para o sul fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais.
Mas foi exatamente alí que ouviu um cabra lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante nordeste. Sabendo que o rádio era o melhor meio de divulgação daquela época, resolveu participar de concursos de calouros, inclusive, sendo premiado em vários. Nesse momento começou a simbolizar o que há de melhor na música nordestina. Foi o primeiro músico a assumir a nordestinidade representada pela safona e pelo chapéu de couro.
Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz. Quando morreu em mil novecentos e oitenta e nove tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Seu som sertanejo-pernambucano atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado pelo povo e pela mídia.
Tocando safona e se vestindo como nordestino típico, com roupas como as do bandido lampião, talvez por isso tudo tenha chegado onde chegou. Era a representação da alma de um povo. Era a alma do nordeste cantando sua história. Era o rei do baião. Era Luiz Gonzaga. Ele fez isso com simplicidade e a música brasileira só tem a agradecer. Se Luiz Gonzaga estivesse vivo, completaria hoje 96 anos.
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