sexta-feira, 15 de maio de 2009

BEM VIVER SAÚDE



O Bem Viver de hoje aborda a Cistite e suas causas. O entrevistado é o Urologista Dr Mizael Wanderley. Não perca esta estrevista que vai ao ar às 13h35 na TV Clube/PE canal 9.


Cistite é o nome que se dá para doenças inflamatórias e/ou infecciosas da bexiga. Por isso, é também chamada de infecção urinária baixa. A cistite inflamatória sem infecção pode ter várias causas, como produtos químicos, medicamentos, doenças alérgicas, parasitárias, imunológicas e irradiação. A cistite pode ser acompanhada de uretrite, prostatite e até pielonefrite (infecção urinária alta). A grande maioria das cistites não é complicada, porque não há obstruções, cálculos e malformações do trato urinário.


Incidência


A cistite é muito comum, ocorre em 3% das meninas e 1% dos meninos até os 10 anos de idade. Aproximadamente, 50% das mulheres farão cistite durante a sua vida. As mulheres em atividade sexual farão, no mínimo, um episódio de cistite a cada dois anos. A incidência de infecção urinária em homens é muito menor do que nas mulheres. Em média, ocorrem 5 a 8 casos de cistite por 10.000 homens, quase sempre resultantes de fatores obstrutivos (malformações, cálculos), diabetes mellitus e rim policístico. Estudos já mostraram a importância social e econômica da cistite, pois, em média, o paciente tem sintomas durante seis dias, em três, há restrição de atividades e, ao menos em um, há necessidade de repouso.


Como se adquire?


As cistites mais freqüentes são causadas por germes da flora bacteriana oriundos do trato intestinal. Nas mulheres, as bactérias contaminam o intróito vaginal, possibilitando a entrada delas pela uretra e atingindo a bexiga. Aí localizadas, as bactérias entram em luta com as defesas do organismo e, se vencerem, surge a infecção urinária. Em algumas situações, nas pessoas sem defesa ou com fatores facilitadores, as bactérias podem avançar pelos ureteres até o rim, provocando pielonefrite (infecção As mulheres, em atividade sexual freqüente, têm maior risco de invasão bacteriana na bexiga por terem a uretra curta. O uso de espermicidas, diafragma, chuveirinho e absorventes internos facilitam a contaminação da bexiga por bactérias da região peri-anal. Os homens têm menos infecção urinária porque é mais difícil contaminar a uretra, por ser longa e não estar em contato com a região peri-anal. Outro fator que ajuda a evitar a infecção urinária, no homem, é que os fluidos prostáticos têm substâncias bactericidas.

Como se trata?


A infecção deve ser tratada precocemente e com toda a atenção. O tratamento deve ser específico para cada tipo de microorganismo infectante. A escolha do antibiótico mais adequado é baseada no antibiograma, que analisa e quantifica a resposta das bactérias aos antibióticos estudados na urocultura.


Como se previne?


Beber líquidos em abundância (acima de 2 litros por dia)
Urinar freqüentemente de 3/3 horas (é o ideal)
Fazer sexo seguro, evitando as infecções sexualmente transmissíveis
Urinar após relações sexuais


Para as mulheres é especialmente recomendado:


Limpar-se sempre da frente para trás após defecar
Lavar a região peri-anal após as evacuações
Não usar absorventes internos
Evitar o uso constante de roupas íntimas de "Nylon" e jeans
Evitar o uso indiscriminado e, sem justa causa, de antibióticos
Evitar diafragma, espermicidas e chuveirinho

Fonte de Pesquisa: http://www.abcdasaude.com.br