quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

PREVENÇÃO

CRIANÇA SEGURA

A CRIANÇA SEGURA é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem como missão promover a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos. Todos os anos, 6 mil crianças morrem e 140 mil são hospitalizadas vítimas de acidentes em decorrência da falta de cultura de prevenção, informação e de cuidados no dia-a-dia,da ausência de ambientes adequados à criança e leis específicas.Acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, quedas, queimaduras, intoxicações, entre outros, podem ser evitados com ações educativas, modificações no meio ambiente, informação e criação e cumprimento de regulamentações adequadas.

Dados sobre Acidentes
Os acidentes, ou lesões não-intencionais, representam a principal causa de morte de criançasS de 1 a 14 anos no Brasil. No total, cerca de 6 mil crianças até 14 anos morrem e 140 mil são hospitalizadas anualmente segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se como uma séria questão de saúde pública.

Estimativas mostram que a cada morte, outras quatro crianças ficam com seqüelas permanentes que irá gerar, provavelmente, conseqüências emocionais, sociais e financeiras à essa família e à sociedade. De acordo com o governo brasileiro, cerca de R$ 63 milhões são gastos na rede do SUS – Sistema Único de Saúde. A boa notícia é que estudos mostram que pelo menos 90% dessas lesões poderiam ser evitadas com atitudes de prevenção!

O trauma no mundo
O trauma é a principal causa de morte em crianças e adultos jovens, e um dos maiores problemas de saúde pública mundial. Quando há sobrevida, as seqüelas temporárias ou permanentes têm um índice elevado. Segundo relatório da Organização Mundial de Saúde, somente em 1998, aproximadamente 5,8 milhões de pessoas morreram vítimas de trauma no mundo, o que representa 97,9 óbitos por 100.000 habitantes. Destes, aproximadamente 800.000 óbitos e 50 milhões de seqüelados estão na faixa etária de 0 a 14 anos de idade.
Dicas de Prevenção
A prevenção é a principal saída para a problemática dos acidentes, mas esta ainda permanece como um desafio. A prevenção não é encarada como prioridade no País. Muitas vezes é necessário que os problemas ocorram – dengue, AIDS, alagamentos, drogas – para só depois se rever os prejuízos. Além disso, o acidente nem sempre é notificado e tratado como tal, gerando ainda mais obstáculos na busca de soluções.Com a conscientização da sociedade, pelo menos 90% dos acidentes poderiam ser evitados com atitudes preventivas, como:

* Ações Educativas;
* Modificações no meio ambiente;
* Modificações de engenharia;
* Criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas.

Afogamentos
No Brasil é a segunda causa de morte e a oitava de hospitalização, por acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo Ministério da Saúde, em 2005, 1.496 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos. É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco.

Assim elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes e banheiras. Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é que acontece de forma rápida e silenciosa. Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê:

* Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança dentro da banheira fique submersa;
* Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;
* Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro.

Como proteger uma criança de um afogamento
Um adulto deve supervisionar de forma ativa e constante as crianças e adolescentes, onde houver água, mesmo que saibam nadar ou os lugares sejam considerados rasos:

* Esvaziar baldes, banheiras e piscinas infantis depois do uso e guardá-los sempre virados para baixo e longe do alcance das crianças.
* Conservar a tampa do vaso sanitário fechada, se possível lacrado com algum dispositivo de segurança “à prova de criança” ou a porta do banheiro trancada.
* Manter cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção que não permita “mergulhos”
* Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5m que não possam ser escaladas e portões com cadeados ou trava de segurança que dificultem o acesso dos pequenos.
* Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Esses recursos devem ser usados em conjunto com as cercas e a constante supervisão dos adultos;
* Grande parte dos afogamentos com bebês acontece em banheiras. Na faixa etária até dois anos, até vasos sanitários e baldes podem ser perigosos. Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água.
* Evitar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e aos reservatórios de água.
* Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número da central de emergência;
* Saiba quais os amigos ou vizinhos têm piscina em casa e quando seu filho for visitá-los, certifique-se de que será supervisionado por um adulto enquanto brinca na água;
* Bóias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança. Eles podem estourar ou virar a qualquer momento e ser levado pela correnteza. O ideal é usar sempre um colete salva-vidas quando próximos a rios, mares, lagos e piscinas.
* Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
* Muitos casos de afogamentos aconteceram com pessoas que achavam que sabiam nadar. Não superestime a habilidade natatória de crianças e adolescentes.
* Sempre usar colete salva-vidas aprovado pela guarda costeira quando estiver em embarcações em praias, rios, lagos ou praticando esportes aquáticos;
* Ter um telefone próximo à área de lazer e o número da central de emergência;
* No mar: a vala é o local de maior correnteza, que aparenta uma falsa calmaria que leva para o alto mar. Se entrar em uma vala, nade transversalmente à ela até conseguir escapar ou peça imediatamente socorro.
* O rápido socorro é fundamental para o salvamento da criança que se afoga, pois a morte por asfixia pode ocorrer em apenas 5 minutos. Por isso é tão importante que pais, responsáveis, educadores e outras pessoas que cuidam de criança aprendam técnicas de Reanimação Cardiopulmonar (RCP).

Oriente a:
* Sempre nadar com um companheiro. Nadar sozinho é muito perigoso.
* Respeitar as placas, os guarda-vidas e verificar as condições das águas abertas.
* Não brincar de empurrar, dar “caldo” dentro da água ou simular que está se afogando
* Saber ligar para um número de emergência e passar as informações corretas.

Armas de Fogo
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2005, 40 crianças de até 14 anos morreram vítimas de acidentes com armas de fogo e 567 foram hospitalizadas.

Como proteger uma criança das armas de fogo
De preferência, não tenha armas. A menos que sua profissão exija esse tipo de equipamento, desarme-se.

O que os portadores de armas podem fazer:
* Sempre guarde as armas de fogo descarregadas, travadas e fora do alcance das crianças; * Guarde as munições em um lugar separado e trancado;
* Mantenha armas guardadas com chaves e lacres de combinação escondidos em lugares separados;
* Faça um curso de uso, manutenção e armazenamento seguro de armas. Saiba mais
* Até 8 anos de idade as crianças não conseguem distinguir entre armas reais e de brinquedo ou entender completamente as conseqüências de suas ações.
* Crianças de três anos de idade são fortes o suficiente para puxar o gatilho de muitos revólveres;
* Quase todos os tiros fatais não intencionais em crianças ocorrem em casa ou na vizinhança. A maioria dessas mortes envolve armas guardadas carregadas e acessíveis para as crianças.;
* Vale lembrar que as crianças até os 10 anos de idade não tem capacidade de fazer bons julgamentos sobre como segurar uma arma e conseqüentemente, seguir regras de segurança.

Atropelamentos
Querer independência faz parte do desenvolvimento das crianças, e os adultos, muitas vezes, querem apoiar essa crescente auto-estima. No entanto, na hora de atravessar a rua, deve-se pensar duas vezes antes de deixar as crianças irem sozinhas. O risco de as crianças se acidentarem pode ser reduzido com o exemplo dos adultos e com o ensino de um comportamento seguro para pedestres.

Como prevenir que os pequenos pedestres sofram um acidente
O mais importante que você pode fazer para ensinar um comportamento de pedestre seguro é praticá-lo você mesmo: atravesse as ruas olhando para ambos os lados, respeite os sinais de trânsito e faixas para pedestres, sempre que possível, e faça contato com os olhos dos motoristas antes de atravessar na frente deles;

* Não permita que uma criança menor de 10 anos atravesse a rua sozinha. A supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito;
* Entradas de garagens, quintais sem cerca, ruas ou estacionamentos não são locais seguros para as crianças brincarem;
* Tenha certeza de que as crianças sempre usam o mesmo trajeto para destinos comuns (como escola). Caminhe com seu filho para identificar o caminho mais seguro. Escolha o trajeto mais reto, com poucas ruas para atravessar;
* Uma lanterna ou materiais reflexivos nas roupas da criança podem evitar atropelamentos. Ensine a criança
* Olhar para os dois lados várias vezes antes de atravessar a rua. Atravessar quando a rua estiver livre e continuar olhando para os lados enquanto atravessa;
* Utilizar a faixa de pedestres sempre que disponível. Mesmo na faixa, a criança deve olhar várias vezes para os dois lados e atravessar em linha reta. Quando não houver faixa de pedestre, a criança deve procurar outros locais seguros para atravessar, seja na esquina ou em passarelas ou próximo a lombadas eletrônicas;
* Entender e obedecer aos sinais de trânsito;
* Não atravessar a rua por entre carros, ônibus, árvores e postes;
* Nunca correr para a rua sem antes parar e olhar - seja para pegar uma bola, o cachorro ou por qualquer outra razão. Correr precipitadamente para a rua é a causa da maioria dos atropelamentos fatais com crianças;
* Em estradas ou vias sem calçadas, caminhar de frente para o tráfego (no sentido contrário aos veículos) para as crianças verem e serem vistas;
* Fazer contato visual com o motorista ao atravessar a rua para ter certeza de ser visto;
* Observar os carros que estão virando ou dando ré;
* Sempre que estiver com mais crianças, é preciso caminhar em fila única;
* Ao desembarcar do ônibus, esperar que o veículo pare totalmente e aguardar que ele se afaste para atravessar a rua.

Brincando
Brincar é uma importante parte do desenvolvimento da criança. Brinquedos oferecem diversão e entretenimento, além de ajudar seu filho no aprendizado. Para uma brincadeira segura, alguns itens devem ser observados, incluindo a presença da marca de conformidade do Inmetro – popularmente conhecido como selo do Inmetro - e a escolha do brinquedo adequado a faixa etária de seu filho.

Como proteger uma criança de um acidente com brinquedos
Supervisão é um importante fator para manter as crianças seguras de acidentes com brinquedos. Envolver-se com a brincadeira de seu filho, em vez de supervisionar à distância, lhe dá a oportunidade de tomar conta com mais cuidado. As crianças adoram quando os adultos participam de seus jogos. Brincar com o seu filho é uma forma de aprender mais sobre ele e ensinar-lhe importantes lições. Além disso, você se diverte também enquanto o protege.

* Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de habilidade da criança. Siga as recomendações do fabricante e procure brinquedos com selo do Inmetro;
Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos – que podem ocorrer durante a brincadeira ou enquanto a criança manuseia o brinquedo - e potenciais riscos tais como pontas afiadas e arestas. Conserte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora do alcance da criança;

* Considere utilizar um testador para determinar aquelas partes pequenas de brinquedos que oferecem risco de engasgamento em crianças de até 3 anos. Crianças na chamada “fase oral” estão explorando o mundo e tendem a fazê-lo colocando brinquedos e outros objetos na boca. Dica: utilize uma embalagem plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui o diâmetro aproximado da garganta da criança e poderá alertar para o risco de forma bastante visual;

* Evite utilizar balões de látex (bexigas). Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das crianças e supervisione-as durante toda a brincadeira. Não permita que crianças encham bexigas e tenha muito cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser acidentalmente ingeridos pelas crianças e ocasionar sérias conseqüências. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços;

* Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, que produzem sons altos e que apresentem projéteis, como dardos e flechas;

* Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15 cm devem ser evitados para reduzir o risco de estrangulamento;

* Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com elementos de aquecimento – baterias, tomadas elétricas – para crianças com menos de 8 anos;

* Certifique-se de que os brinquedos serão usados em ambientes seguros. Brinquedos dirigidos pela criança não devem ser usados próximos a escadas, rua, piscina, lago, etc;
* Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira. Um local seguro para guardar previne quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente;
* Presentes como bicicletas, patins, patinetes e skates são boas oportunidades para ensinar às crianças sobre segurança na diversão. Presenteie seu filho com os equipamentos de segurança necessários, tais como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e buzina. Fique atento ao recall de brinquedos – divulgado através da mídia – e siga as orientações do fabricante.

Carro
A maneira como seu filho é transportado no carro pode ser tão importante quanto fatores como velocidade do veículo e condições da estrada. Acidentes de trânsito (pedestres, passageiros e ciclistas) são a causa líder de mortes por acidentes entre crianças de 0 a 14 anos.

Como transportar seu filho com segurança em um automóvel
A melhor proteção para as crianças no carro é o uso de cadeiras e assentos de segurança. O cinto de segurança é projetado para adulto com no mínimo 1,45m de altura e por isso não protege as crianças dos traumas de um acidente.

Nunca saia de carro com crianças sem estes sistemas de retenção, mesmo que seja para ir até a esquina. Entretanto, não basta apenas comprar um desses artigos para garantir a segurança do seu filho. É importante usar cadeiras certificadas que sejam apropriadas ao tamanho e ao peso da criança e que se adaptem devidamente ao seu veículo. É importante instalá-la de acordo com as instruções do manual, pois a maioria das cadeiras e assentos de segurança é instalada de forma incorreta.

De acordo com o Código da Trânsito Brasileiro, as crianças devem sentar no banco traseiro até 10 anos de idade e utilizar os dispositivos de retenção para criança em veículos (cadeira e assento de segurança) até 7 anos e meio. No entanto, são necessárias diversas outras práticas de segurança. Certifique-se de que possui o selo do Inmetro, pois esta é a garantia de que o produto está preparado para resistir a um acidente.

AMERICANAS E EUROPÉIAS: todas são certificadas, pois nesses países a certificação é obrigatória. Qualquer produto proveniente dos Estados Unidos ou da Europa leva obrigatoriamente o selo de certificação.
BRASILEIRAS: certifique-se de que possui o selo do Inmetro. Caso contrário, não compre.

Cuidados com o bebê
Agora que vocês são pais, vocês provavelmente estão mais cuidadosos e querem proteger seus filhos de todas as ameaças que podem existir "lá fora". Mas, e os perigos que estão próximos ou em casa? Itens aparentemente inocentes, como a torneira do banheiro ou o botão perdido das suas camisas, de repente, têm uma grande importância, quando um bebê tem que ser cuidado. Até mesmo produtos feitos para ninar ou entreter sua criança podem, às vezes, ser perigosos. Sabia mais sobre medidas de segurança que irão ajudá-lo a deixar o ambiente do bebê mais seguro.

Como proteger o seu bebê dos acidentes
* Bebês devem dormir em colchão firme de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta que estejam presos embaixo do colchão. O colchão deve estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica.

* Seja especialmente cauteloso em relação aos berços usados. Procure berços certificados conforme as normas de segurança do Inmetro. Fique atento aos espaços das grades de proteção do berço, elas não devem ter mais que 6cm de distância entre elas.

* Remova todos os brinquedos e travesseiros do berço quando seu bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia.

* Compre somente brinquedos apropriados para o seu bebê. Brinquedos pequenos e partes de brinquedos podem engasgar as crianças- verifique as indicações de idade do selo do Inmetro. Tenha certeza de que o piso está livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas, tachinhas. Tire esses e outros pequenos itens do alcance de seu bebê.

* Tenha certeza de que materiais de limpeza, remédios e vitaminas estão trancados e longe do bebê. Tire plantas venenosas do alcance.

* Considere a compra de cortinas ou persianas sem cordas para evitar que crianças menores corram o risco de estrangulamento.

* Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, vasos sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água. Esvazie-os logo depois de usá-los. Guarde baldes e recipientes de cabeça para baixo.

* A maioria das queimaduras com bebês, especialmente entre as idades de seis meses a dois anos, são causadas por comidas quentes e líquidos derramados na cozinha. A água quente da pia e da banheira é também responsável por muitas queimaduras em crianças; essas tendem a ser mais graves e cobrem uma porção maior do corpo do que as ocasionadas por outros líquidos quentes

* Sempre teste a temperatura da água do banho, usando o dorso da mão ou o cotovelo, movimentando a água de um lado para o outro.

* Evite carregar comidas ou bebidas quentes próximas de seu bebê.

* Não use toalha comprida na mesa. O bebê pode puxá-la e derrubar utensílios e líquidos quentes.

* Não use andador com rodas, prefira o cercado (chiqueirinho).

* Instale telas ou grades nas janelas e sacadas. Nunca coloque berços ou outros móveis próximos de uma janela.

* Procure adquirir móveis com pontas arredondadas ou considere o uso de pontas de silicone (protetores de quinas) vendidas em lojas especializadas de bebê. Evite móveis com vidro ou outro material que possa quebrar e cortar.

* Mantenha uma mão em seu bebê enquanto você troca as fraldas. Não deixe seu bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis.

* Em uma colisão, uma cadeirinha de segurança instalada e usada corretamente reduz em 71% o risco de um bebê morrer. Entretanto, é estimado que a maioria das crianças está sendo transportada no carro desprotegida ou de forma incorreta. Use a cadeirinha em todas as viagens, desde a saída da maternidade. Bebês devem viajar no bebê-conforto, instalado de costas para o movimento do veículo, até completarem um ano de idade e pesarem pelo menos 9 Kg. Nunca coloque a criança no banco da frente de um carro.

Envenenamento (intoxicação)
A exploração do espaço é uma atividade importante para o desenvolvimento infantil. Colocar objetos na boca, tentar pegar frascos com líquidos coloridos são comportamentos característicos das crianças, mas isso também pode colocá-la em grande risco de envenenamento e intoxicação não intencional. Segundo Ministério da Saúde, em 2005, 5.299 crianças de até 14 anos foram hospitalizadas vítimas de intoxicação;

O envenenamento é a quinta causa de hospitalização por acidentes de crianças de 0 a 4 anos e de 10 a 14 anos.Quando exposta ao veneno, a criança sofre conseqüências mais sérias comparando-se com um adulto, pois possui uma estrutural corporal menor e seu metabolismo é rápido. Além disso, seu organismo é menos capaz de lidar com toxinas químicas.

Como proteger uma criança de um envenenamento (intoxicação)
* Guarde todos os produtos de higiene e limpeza e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance das crianças;
* Mantenha os produtos em suas embalagens originais. Nunca coloque um produto tóxico em outra embalagem que não a sua. Poderá ser confundido com algo sem perigo;
* Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns como enxaguantes bucais podem ser nocivos se a criança engolir em grande quantidade;

* Dê preferência a embalagens de segurança. Tampas de segurança não garantem que a criança não abra a embalagem, mas podem dificultar bastante, a tempo que alguém intervenha;

* Nunca deixe produtos venenosos, sem atenção enquanto os usa.

* Não crie novas soluções de limpeza misturando diferentes produtos designados para outro fim. Esta nova mistura pode ser nociva;

* Sempre leia os rótulos e bulas, siga corretamente as instruções para dar remédios às crianças, baseado no peso e idade, e use apenas o medidor que acompanha as embalagens de medicamentos infantis;

* Nunca se refira a um medicamento como doce. Isto pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer. Como as crianças tendem a imitar os adultos, evite tomar medicamentos na frente delas;

* Saiba quais plantas dentro e ao redor de sua casa são venenosas, remova-as ou deixe-as inacessíveis para as crianças. Veja quais os vegetais tóxicos mais comuns;

* Quando adquirir um brinquedo para a criança, certifique-se que ele é atóxico, ou seja, não contém componentes tóxicos;

* Jogue fora medicamentos com data de validade vencida e outros venenos potenciais. Procure em sua garagem, porão e outras áreas de armazenamento por produtos de limpeza ou de trabalho que você não utiliza e desfaça-se deles;

* Mantenha telefones de emergência próximos aos aparelhos de telefone de sua casa. Peça para os avós, parentes e amigos fazerem o mesmo;

* Instale detectores de fumaça em sua casa. Se o alarme soar, deixe a casa imediatamente e ligue para o departamento de bombeiros ou serviço de emergência médica;

* Em caso de intoxicação, entre em contato imediatamente com o pronto-socorro ou Centro de
Controle de Toxologia de sua cidade para receber orientações adequadas.

* Crianças com até dois anos de idade correm maior risco de um envenenamento não intencional. Produtos de limpeza e medicamentos são riscos significantes. Os bebês também podem se envenenar respirando a fumaça de cigarros.

Servico:
ONG CRIANÇA SEGURA
Av. Barbosa Lima, 149 - Bairro do Recife Antigo - PE
Tel: (81) 3424 9779