Profissionais orientam tratamento de jovens "viciados" em internet.

Os casos considerados excessivos, no entanto, precisam ser encaminhados a um profissional especializado, mais esse distúrbio também atinge adultos. O professor do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, Carlos Camargos Mendonça, reforça a necessidade de acompanhamento não só familiar, mas também das escolas. “É preciso que pais, escola e sociedade trabalhem na educação dos jovens em vários ambientes, e não apenas o digital”, lembra.
Como estão desde cedo em contato com a tecnologia, as crianças podem apresentar sintomas de hiperatividade e transtorno de déficit de atenção ainda pequenas, por volta dos cinco anos. Geralmente, elas mostram falta de persistência em algumas atividades, são desorganizadas, impulsivas e imprudentes. Além disso, elas tendem a ter mais facilidade em se relacionar com adultos do que com crianças da mesma idade. “O computador facilita muito as coisas, porque dá a ela a sensação de que está sob o controle do mundo. Em compensação, a máquina tira a criança do contato com as outras, já que ele reforça dentro dela o medo de se relacionar com seus semelhantes. Mas é esse relacionamento que vai fazer com que ela amadureça para a vida”, explica. Os pais devem ficar atentos a alguns sintomas. Em caso positivo, Soraya Hissa lembra que o tratamento é possível, mas o filho deve contar com a ajuda da família. “Os pais devem colocar limites no uso da internet, mas sempre com diálogo. É preciso mostrar aos filhos que o ambiente em que eles vivem os apóia”, ressalta.
Conteúdo impróprio, mesmo entre os jovens, navegam sem moderação, é preciso cuidado. Os especialistas alertam para os riscos de sites com conteúdos indevidos. A Organização Não-Governamental SaferNet Brasil (www.denunciar.org.br) dá dicas de navegação aos jovens internautas, além de orientação aos pais de como denunciar os responsáveis à Justiça. Faça o teste: Você é dependente da internet?
(texto extraído do site www.estaminas.com.br)