quinta-feira, 31 de julho de 2008

CALÇADOS

BREVE HISTÓRIA DO CALÇADO

Existem evidências que mostram que a história do sapato começa a partir de 10.000 a. C., ou seja, no final do período paleolítico (pinturas desta época em cavernas na Espanha e no sul da França fazem referência ao calçado). Entre os utensílios de pedra dos homens das cavernas existem vários que serviam para raspar as peles, o que indica que a arte de curtir é muito antiga.

Nos hipogeus (câmaras subterrâneas usadas para enterros múltiplos) egípcios, que têm idade entre 6 e 7 mil anos, foram descobertas pinturas que representavam os diversos estados do preparo do couro e dos calçados. Nos países frios o mocassim é o protetor dos pés e nos países mais quentes a sandália ainda é a mais usada. As sandálias dos egípcios eram feitas de palha, papiro ou de fibra de palmeira.

Sabe-se que apenas os nobres da época possuíam sandálias. Mesmo um Faraó como Tutancamon usava calçados como sandálias e sapatos de couro simples (apesar dos enfeites de ouro).

Na Mesopotâmia eram comuns sapatos de couro cru amarrados aos pés por tiras do mesmo material. Os coturnos eram símbolo de alta posição social. Os Gregos chegaram a lançar moda como a de modelos diferentes para pés direito e esquerdo. Em Roma o calçado indicava a classe social. Os cônsules usavam sapato branco, os senadores sapatos marrons presos por 4 fitas pretas de couro atadas a 2 nós e o calçado tradicio nal das legiões era a bota de cano curto que descobria os dedos.





sandália de couro judia de 72 d. C.
















Na idade média tanto homens como mulheres usavam sa patos de couro abertos que tinham uma forma semelhante à das sapatilhas. Os homens também usavam botas altas e baixas atadas à frente e ao lado. O material mais corrente era a pele de vaca, mas as botas de qualidade superior eram feitas de pele de cabra.

A padronização da numeração é de origem inglesa. O rei Eduardo (1272-1307) foi quem uniformizou as medidas. A primeira referência conhecida da manufatura do calçado na Inglaterra é de 1642 quando Thomas Pendleton forneceu 4.000 pares de sapatos e 600 pares de botas para o exército. As campanhas militares desta época iniciaram uma demanda substancial por botas e sapatos. Em meados do século 19 começam a surgir as máquinas para auxiliar na confecção dos calçados, mas só com a máquina de costura o sapato passou a ser mais acessível.

A partir da quarta década do século 20 grandes mudanças começam a acontecer nas indústrias calçadistas como a troca do couro pela borracha e pelos materiais sintéticos principalmente nos calçados femininos e infantis. Provavelmente os funcionários de Pendleton fizeram os sapatos do início ao fim mas na moderna indústria o processo é quebrado em várias e distintas etapas como:
. modelagem : criação, elaboração e acompanhamento dos modelos no processo de fabricação;

. almoxarifado: recebimento, armazenamento, classificação e controle do couro e demais materiais;

. corte: operação de corte das diferentes peças que compõem o cabedal (parte superior do calçado). No corte são utilizadas lâminas e facas especiais e/ou superior do calçado).
No corte são utilizadas lâminas e facas especiais e/ou balancins de corte que pressionam os moldes metálicos na superfície do couro e/ou outros materiais;

. chanfração: preparação do couro para receber a costura;

. costura: junção das partes que compõem o cabedal. Em muitas empresas esse setor encontra-se subdividido em preparação, chanfração e costura;

. pré-fabricado: fabricação de solas, saltos e palmilhas. Muitas empresas não têm esse setor, pois existem fábricas que se especializam na produção desses materiais;

. distribuição: controla o volume da produção, revisa a qualidade dos materiais e os distribui para os setores de montagem e acabamento;

. montagem: conjunto de operações que unem o cabedal ao solado;

. acabamento: operações finais ligadas à apresentação do calçado como escovamento, pintura e limpeza;

. montagem e acabamento: em muitas empresas esses dois setores são organizados em linha de montagem, isto é, os postos de trabalho são colocados em linha e o produto em elaboração vai incorporando as operações parciais de cada trabalhador, até que, no final da linha, o produto resulta acabado;

. expedição: embalagem, encaixotamento e envio ao mercado de destino.