Quando alguém se vê perdendo cabelos e ficando calvo, surge uma pergunta: por quê?
A resposta básica é que a calvície masculina ou feminina é herdada geneticamente e, pode começar a se desenvolver logo após a puberdade. A perda de cabelos não é resultante de má circulação, entupimento do folículo piloso ou hábitos como, por exemplo, uso de chapéu, boné ou capacete, lavar os cabelos demasiadamente ou simplesmente não lavar.
Alopecia ou calvície é visto como uma questão genética e hormonal determinada pela medicina por Alopecia Androgenética (padrão masculino ou feminino). A calvície androgenética é uma combinação da hereditariedade com a ação dos hormônios androgénicos que incluem a testosterona e a Di-hidrotestosterona (DHT). O cabelo acometido nas partes mais afetadas pela DHT é a região frontal e superior da cabeça. Por outro lado, o cabelo da região occipital e temporal (parte posterior da cabeça e acima das orelhas) é permanente, pois não é afetado pelo DHT.
Alopecia ou calvície é visto como uma questão genética e hormonal determinada pela medicina por Alopecia Androgenética (padrão masculino ou feminino). A calvície androgenética é uma combinação da hereditariedade com a ação dos hormônios androgénicos que incluem a testosterona e a Di-hidrotestosterona (DHT). O cabelo acometido nas partes mais afetadas pela DHT é a região frontal e superior da cabeça. Por outro lado, o cabelo da região occipital e temporal (parte posterior da cabeça e acima das orelhas) é permanente, pois não é afetado pelo DHT.
Associados a estes fatores, a calvície também pode ser resultante de outros fatores como: alterações hormonais, febre alta, medicamentos e doenças dermatológicas.
Estrutura do cabelo
A unidade folicular é uma estrutura extremamente complexa e diferenciada, com várias células e estas desempenhando muitas funções. Dentre elas podemos destacar: crescimento rápido, potencial de imortalidade e capacidade de auto-renovação. Essa capacidade de renovação faz com que os cabelos estejam em constante processo de renovação através de um ciclo, chamado CICLO BIOLÓGICO DOS CABELOS.
1) Fase anágena ou de crescimento: dura de 2 a 7 anos. É nesta fase que se encontram 80% dos cabelos. O folículo apresenta um bulbo escuro, inserido na derme profunda, onde a matriz apresenta-se ativa, produzindo continuamente o fio.
2) Fase catágena ou de involução: dura de 2 a 4 semanas. A matriz pára de proliferar e a parte mais baixa do folículo, logo abaixo do músculo piloeretor, entra em atrofia, fazendo com que o cabelo deixe de ser produzido. Aconmete apenas 1 a 2 % dos fios.
3) Fase telógena ou de repouso: tem início após a fase de involução, com o desaparecimento de toda a matriz. Dura de 3 a 6 meses e acontece em aproximadamente 10 a 15% dos cabelos.
Há dois tipos de pêlos produzidos nos folículos: o velus e o pêlo terminal e quanto ao ciclo biológico e aspecto anatômico os dois são muito parecidos. A principal diferença entre eles é o tamanho. O pêlo terminal é longo, grosso, pigmentado, com músculo eretor e medula, cujo diâmetro é de 0,06mm. O velus é um pêlo pequeno, com menos de 2 cm de comprimento, apresentando-se fino, sem medula e macio. Este tipo de pêlo pode ser transformado em pêlo terminal, como ocorre com a barba após a puberdade.
Há dois tipos de pêlos produzidos nos folículos: o velus e o pêlo terminal e quanto ao ciclo biológico e aspecto anatômico os dois são muito parecidos. A principal diferença entre eles é o tamanho. O pêlo terminal é longo, grosso, pigmentado, com músculo eretor e medula, cujo diâmetro é de 0,06mm. O velus é um pêlo pequeno, com menos de 2 cm de comprimento, apresentando-se fino, sem medula e macio. Este tipo de pêlo pode ser transformado em pêlo terminal, como ocorre com a barba após a puberdade.
Tratamento não cirúrgico
Vários tratamentos já foram sugeridos para tratar a alopecia androgenética, desde xampus curandeiros a drogas que podem causar sérios efeitos colaterais. Apenas duas substâncias são aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration - EUA). O uso tópico do Minoxidil e a Finasterida.
Dessa forma, com esse tratamento clínico é possível reverter ou até mesmo parar o processo de miniaturização dos fios e, consequentemente a perda dos cabelos. O único alvo desta terapia é diminuir a atividade dos hormônios androgenéticos no folículo piloso.
Dessa forma, com esse tratamento clínico é possível reverter ou até mesmo parar o processo de miniaturização dos fios e, consequentemente a perda dos cabelos. O único alvo desta terapia é diminuir a atividade dos hormônios androgenéticos no folículo piloso.
A Calvície Feminina
É uma rarefação capilar difusa das áreas temporal, parietal e occipital, iniciando na linha média de repartição dos fios. Há a transformação de um pêlo terminal grosso em velus ( penugem ). É também conhecida como Alopecia Androgenética Feminina ou Padrão Feminino de Perda de cabelos.
Causas
A calvície feminina é tão comum quanto a masculina, porém menos severa e de uma apresentação clínica totalmente diferente. O início é gradual e após a puberdade, porém, com picos de aparecimento na idade entre 30 e 50 anos. Cerca de 25% das mulheres entre 25 e 40 anos e 50% das mulheres acima dos 40 anos, apresentam algum grau de calvície. Assim como na masculina, há também uma predisposição genética autossômica dominante, transmitida por ambos os pais, não somente pelo lado materno. Somente 20% dos casos têm história familiar positiva.
A causa é considerada multi-fatorial, sabendo-se que também ocorre a conversão da testosterona (hormônio masculino que também circula nas mulheres, porém em uma quantidade menor do que a dos homens) para DHT (D-hidrotestosterona), através da enzima 5 alfa redutase. Nas mulheres os andrógenos (hormônios masculinos) são produzidos nas glândulas supra-renais e nos ovários. As mulheres têm 3,5 vezes menos 5 alfa-redutase do que os homens, mas esta enzima também se encontra em maior concentração na região frontal, explicando o início da rarefação capilar neste local.
Na maioria das vezes, não se detectam aumentos hormonais masculinos na corrente sangüínea. O que ocorre é uma sensibilidade dos receptores celulares à DHT, desencadeando o processo de miniaturização dos fios, com diminuição do diâmetro e tamanho da haste dos fios e redução da fase de crescimento dos mesmos.
Os fatores desencadeantes podem ser: desordem hormonal, incluindo início ou interrupção de uso de anticoncepcional, pós-parto e período peri e pós menopausa. Um outro tipo de alopecia encontrada, é a alopecia traumática, encontrada principalmente nas mulheres que realizam tratamentos químicos, como por exemplo, alisamentos, “rastafáris”, ou penteados que tracionem muito o cabelo. São mais fáceis de serem tratadas, pois com o tratamento adequado, tornam-se reversíveis.
Diagnóstico
Para um diagnóstico preciso da calvície feminina, sempre devemos afastar qualquer outra causa que gere uma queda abrupta de cabelos. As mais comuns são: anemia por deficiência de ferro, dieta alimentar restritiva, doenças da tireóide, alterações hormonais com aumento de hormônios masculinos, início ou interrupção do uso de anticoncepcionais orais, período pós-parto, uso de alguns medicamentos, pós cirúrgicos ou pós estresses. Para isso, a paciente deve ser submetida a uma detalhada história clínica, exame físico e exames laboratoriais. A paciente deve relatar detalhes, mesmo que os considere irrelevante, pois qualquer achado pode ser um diferencial no diagnóstico.
Ao exame clínico não é comum encontrarmos uma área totalmente calva ou entradas, como nos homens. A linha anterior dos cabelos ou a faixa anterior dos cabelos permanece em seu local original. Este fato se dá pela presença de uma enzima chamada aromatase que transforma a testosterona em estradiol (hormônio feminino) e a androstenediona, andrógeno presente em maior concentração na mulher, em estrona (hormônio feminino), protegendo os fios desta região de sofrerem o processo de miniaturização. As mulheres possuem uma concentração de aromatase 6 vezes maior do que os homens. Os hormônios femininos protegem as mulheres da calvície e é pela presença destes hormônios que a apresentação clínica das mulheres é tão diferente da dos homens.
A principal queixa das pacientes do sexo feminino é conseguir ver o couro cabeludo através dos fios de cabelo, quando se olham de frente no espelho. A calvície feminina é classificada em 3 tipos principais segundo Ludwig e em 8 tipos segundo Savin. A classificação é baseada na rarefação capilar que se inicia na linha de repartição dos cabelos e que evolui lateralmente acometendo toda a superfície superior do couro cabeludo.
O Dr. Fernando Basto desenvolveu uma classificação para os mais variados graus de calvície encontrados na clínica diária. São 9 graus e a paciente pode tentar se enquadrar em qualquer um deles.
Escala de basto
Tratamento
Uma vez feito o diagnóstico, há 3 possibilidades de tratamento, de acordo com a indicação do médico especialista. O clínico, o cirúrgico, ou a associação de ambos. O tratamento clínico consiste no uso contínuo de loções capilares, cápsulas de vitaminas específicas, medicamentos anti-hormônios masculinos (quando necessário); shampoo fortificante, e mais recentemente, o Laser de Baixa Potência. Face às fases do ciclo de crescimento dos cabelos, só estamos aptos a saber se o tratamento está ou não sendo eficaz, após um período mínimo de 6 a 8 meses.
O tratamento cirúrgico é a megassessão (maior número possível de fios transplantados em uma única cirurgia, dependendo da densidade e elasticidade da área doadora de cada paciente), especialidade da Clínica Dr. Fernando Basto.
Como pode ocorrer diminuição da densidade capilar também na região occipital, nem sempre as pacientes femininas têm indicação para o transplante de cabelos, pois é deste local que se obtém a faixa de cabelos doadora . Quando há indicação cirúrgica, sempre devemos analisar a densidade e a elasticidade desta área posterior, para fazermos um bom planejamento cirúrgico. Na maioria dos casos femininos, a quantidade de fios doadores é insuficiente para cobrir toda a área rarefeita. Por isso é muito importante se estabelecer uma área prioritária para a colocação das unidades foliculares, de acordo com o estilo de penteado de cada paciente. Assim sendo, se consegue um efeito cosmético de camuflagem das outras áreas, quando os fios se sobrepõem.
Devemos salientar que mesmo a paciente optando pela cirurgia, ela deve sempre seguir um tratamento clínico pós cirúrgico orientado por nossa equipe. Isto fará com que o resultado cosmético obtido após a cirurgia se prolongue por mais tempo. Caso não haja um acompanhamento clínico, a tendência é da paciente voltar a apresentar uma rarefação capilar com o passar dos anos, pois os fios não transplantados tendem a sofrer o processo da calvície.
No pós operatório pode haver uma pequena queda de cabelos não transplantados. Isto se deve ao fato da paciente ter sido submetida a uma cirurgia, de terem sido feitas milhares de incisões entre os fios de cabelos, de haver micro traumas na circulação sangüínea e do próprio processo de cicatrização. Não há lesão das raízes pré-existentes. Estes cabelos voltam a nascer junto com os fios transplantados. Por isso as pacientes femininas necessitam de um apoio psicológico, com suporte médico, para realizarem este tipo de procedimento. Há necessidade de um acompanhamento pós operatório, para assegurar estas pacientes da evolução natural deste tipo de cirurgia.
A Calvície Masculina
Ao contrário do que muita gente pensa e do que é mais habitual, a Calvície não é um problema unicamente masculino. Afeta também as mulheres devido à ação dos hormônios sexuais, os andrógenos.
Diagnóstico
Alopecia ou calvície é decorrente de uma alteração genética e hormonal denominada por Alopecia Androgenética (AAG). A calvície androgenética é uma combinação da hereditariedade com a ação dos hormônios androgênicos que incluem a testosterona que reage com uma enzima a 5αredutase, transformando-a em Di-hidrotestosterona (DHT). O cabelo acometido nas partes mais afetadas pela DHT é a região frontal e superior da cabeça. Por outro lado, o cabelo da região occipital e temporal (parte posterior da cabeça e acima das orelhas) é permanente, pois não é afetado pelo DHT. A DHT é 5 vezes mais potente que a testosterona, sendo a responsável pelo processo de miniaturização dos fios. O que se sabe também é que a quantidade de DHT no organismo é a mesma em pacientes calvos e nos não calvos, o que difere um do outro é a susceptibilidade dos receptores hormonais à DHT nos pacientes que possuem herança genética para a calvície.
Os principais agravantes da AAG são o estresse, a oleosidade excessiva do couro cabeludo, as doenças de pele e dentre elas a esclerodermia, o líquen plano e o lúpus, além das carências nutricionais onde podemos destacar a falta de ferro e proteínas.
Tratamento
O processo de restauração capilar evoluiu muito ao longo desses 20 anos. A partir de 1996-1998, os especialistas em cirurgia da calvície começaram a trabalhar com unidades foliculares, que são estruturas contendo de 1 a 4 folículos, da mesma forma que é encontrado no couro cabeludo, mais refinadas, afastando o então estigma do cabelo de boneca, pois com estas unidades, o resultado torna-se o mais natural possível.
O paciente deve preencher toda a ficha da clinica referente aos dados sobre sua saúde. Deve mencionar se fuma, se é portador de hipertensão arterial, se tem alguma doença sistêmica e se toma algum medicamento, até mesmo os fitoterápicos (gingko biloba, cápsula de alho). Citar possíveis alergias ou complicações de outras naturezas.
Na primeira consulta o(a) paciente deve usar de franqueza sobre o que espera da cirurgia e ouvir atentamente quais as limitações que o caso poderá oferecer.
No exame propriamente dito, examina-se o couro cabeludo classificando-se o grau da calvície (que, no homem, pode variar de I a VII na escala de Hamilton e na mulher de I a VI na escala de Basto), a elasticidade do couro cabeludo, o tipo de cabelo e a densidade da área doadora (geralmente a área doadora escolhida é a região da nuca).
Ainda nesta primeira consulta, após o exame físico, o cirurgião pode definir se é necessária a cirurgia e também já pode ter em mente o número de sessões aproximado para obter o resultado esperado. Também pode ser utilizado como coadjuvante da cirurgia um TRATAMENTO CLÍNICO E/OU NÃO CIRÚRGICO:
Medicações de uso oral: É um tratamento sistêmico que tem o objetivo de equilibrar a perda capilar. Dentre as medicações mais conhecidas, está a Finasterida e também as drogas anti-andrógenas e os complementos vitamínicos.
Loções: É um tratamento tópico que consiste em diminuir o processo de perda dos cabelos, que pode se dar pela miniaturização dos fios ou até mesmo a queda dos cabelos.
Xampus: A indicação de xampus específicos se faz necessária como coadjuvante no tratamento clínico para o tratamento das hastes ou até mesmo do couro cabeludo. Um exemplo é o tratamento da dermatite seborréica (caspa) que responde muito bem ao uso de xampus.
É importante ressaltar que algumas características individuais de cada ser humano podem alterar o resultado da cirurgia. E isto deve ficar bem esclarecido porque não depende da vontade ou até mesmo da habilidade do cirurgião. Dentre estas variantes podemos destacar:
O tipo de cabelo: O cabelo grosso geralmente confere resultado melhor que o cabelo fino;
A elasticidade da pele: Quanto mais elástica a pele do couro cabeludo, mais cabelo doador vamos obter e mais simples será o procedimento cirúrgico, deixando a cicatriz resultante na área doadora mais fina e menos visível, o mesmo acontecendo com as incisões puntiformes na área calva e portanto deixando um resultado mais bonito e estético;
A densidade da área doadora: Quanto mais cabelo por centímetro quadrado melhor será o resultado alcançado, pelos menos teoricamente;
A cor do cabelo: Cabelos grisalhos dão resultados mais naturais e aparentam mais densidade capilar que os cabelos mais escuros;
A cor da pele: A pele clara se destaca mais por entre os cabelos escuros e portanto os resultados que parecem “mais bonitos” são aqueles em que há menos contraste entre a cor da pele e do cabelo ou seja cabelo claro / pele clara, cabelo escuro / pele escura e cabelo grisalho ou branco / pele de qualquer cor.
Após diagnosticado o grau de calvície, este pode ser tratado clinicamente, cirurgicamente ou a combinação de ambos.
Existem várias classificações para os graus de calvície, sendo a mais conhecida a de Hamilton-Norwood, cujo diagrama está apresentado abaixo.
Sabe-se que a calvície tem um padrão genético do tipo autossômico-dominante, ou seja, é necessário que apenas o pai ou a mãe apresentem o gene, para transmiti-lo ao filho que manifestará a patologia. Neste tipo de transmissão, se o pai ou a mãe apresentarem a calvície, o filho tem 50% de chance de também manifestar a mesma. Se ambos os pais apresentarem a calvície, a probabilidade de um filho vir a desenvolver a calvície chega a 75%!
Serviço:
Dr. Fernando Basto - Cirurgia plástica (Referência em Transplante Capilar no Brasil e no Mundo)
Rua Alberto Paiva, 349 - Graças, Recife/PE -
Telefone 81.3427.9000 / 81.3427.4888