segunda-feira, 21 de setembro de 2009

CUIDADOS COM O CORPO

A celulite é caracterizada principalmente pelo aparecimento de ondulações da pele, dando a esta o aspecto de casca de laranja ou de colchão. É causada por alterações no tecido gorduroso sob a pele, em conjunto com alterações na microcirculação e consequente aumento do tecido fibroso.
O termo também se refere a infecção bacteriana do subcutâneo, geralmente por estafilo aureus coagulase positivo (S. aureus). que é caracterizado por uma área eritematosa de bordos mal definidos, dolorosa, levemente edemaciada. Seu tratamento é farmacológico (com penicilinas penicilinases-resistentes). A celulite aparece principalmente na região dos glúteos, coxa, abdómen, nuca e braços.

Quais as causas da celulite

Atualmente, a celulite é considerada uma doença e não uma simples deformação estética. A celulite manifesta-se no tecido conjuntivo localizado embaixo da pele, devido à soma de várias alterações que são acionadas por diversos fatores, como herança genética, sedentarismo, problemas circulatórios, alimentação inadequada, cigarro, álcool, estresse e desequilíbrio hormonal. Estes fatores determinam várias modificações, como a compressão dos vasos locais e a projeção do tecido gorduroso, o que ocasiona as conhecidas ondulações.

Quais os estágios da celulite


A celulite apresenta-se sob a forma de vários estágios, e de acordo com estágio em que se encontra as manifestações cutâneas mostram-se mais exacerbadas. A seguir veremos os quatro estágios em que a celulite evolui:

Estágio I: há uma alteração das células do tecido adiposo, porém a região afetada não apresenta modificação circulatória e nem dos tecidos de sustentação, apenas uma dilatação venosa. Não há sinais visíveis na pele nem dor neste estágio da celulite.
Estágio II: neste estágio a celulite caracteriza-se por uma alteração circulatória por compressão das microveias e vasos linfáticos. O sangue e a linfa, líquido que banha as células, ficam represados e, conseqüentemente, ocorre um edema intercelular. Também há, um endurecimento do tecido de sustentação e as irregularidades na pele ficam aparentes, mas ainda não existe dor.
Estágio III: a celulite neste estágio apresenta o aspecto casca de laranja e fica dolorida. A fibrose se instala e a circulação acaba comprometida. Podem aparecer vasinhos e microvarizes e uma sensação de peso e cansaço nas pernas.
Estágio IV: é a fase considerada mais grave, com as fibras mais duras, formando nódulos, e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões e tem aspecto acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de cansaço é freqüente, mesmo sem esforço. Neste caso, os tratamentos são demorados e com melhora parcial. O problema exige rigorosa avaliação médica e até intervenção cirúrgica com sub incision e lipoescultura, principalmente se houver gordura localizada e depressões no tecido adiposo.

Quais os tratamentos de celulite

Drenagem linfática: indicada, seja qual for a intensidade do problema. Trata-se de uma massagem suave, que facilita o escoamento da linfa, melhorando a circulação sangüínea e eliminando as toxinas. Pode ser feita com as mãos ou com a ajuda de aparelhos, mas sempre por um profissional treinado e que conheça a anatomia linfática.
Endermologia: é um tipo de massagem mecânica realizada através de um aparelho que produz um vácuo suave, que puxa e solta a pele, acompanhado de movimentos que seguem a circulação linfática. Estimula a dissolução dos nódulos e a eliminação da gordura, melhorando muito o processo de celulite.
Indermoterapia: é uma técnica de drenagem linfática com sucção, feita através de ventosas e roletes que exercem compressão sobre os tecidos celulíticos, para que seu aspecto característico seja atenuado. Diminui a extensão da região afetada e melhora apele como um todo.
Intrademoterapia: neste tratamento é ministrado via oral ou injetada na região afetada uma medicação lipolítica. Para sucesso desta técnica, a gordura excedente tem que ser eliminada a través de exercícios e coma ajuda de uma reeducação alimentar. Caso contrário, a gordura volta para o local de onde saiu e pode até aumentar. A intradermoterapia deve ser combinada com outras técnicas, como a drenagem linfática manual ou pr sucção, para um melhor resultado, pois o método isolado não é capaz de resolver o problema da celulite.
Eletrolipoforese: agulhas finas, semelhantes às usadas na acupuntura, ligadas a um aparelho especial que funciona com eletricidade são introduzidas na pele. Elas transmitem impulsos elétricos que melhoram a microcirculação.
Sub incision: pequena intervenção cirúrgica, recomendada para as depressões provocadas pela celulite mais avançada. Pode ser realizada isoladamente para as depressões mais recentes e rasas, ou associada a uma lipoescultura, no caso das mais antigas. A sub incision simples é feita no consultório, com anestesia local, e a paciente volta para casa logo depois do procedimento. O médico usa uma agulha fina e cortante para romper as fibras enrijecidas, que repuxam a pele em algumas áreas e formam os furinhos. Não precisa de pontos nem deixa cicatriz. O processo é rápido, levando em média 2 minutos para corrigir cada depressão.
Iontoforese: esta técnica consiste na introdução de medicamentos na pele, através de corrente galvânica. Placas específicas são aplicadas na área afetada, ajustadas com bandas elásticas. Sua intensidade varia de 5 a 15 MA, num tempo máximo de 30 minutos. Na metade da seção, inverte-se a polaridade do aparelho. As substâncias utilizadas durante o procedimento são soluções que estimulam a despolimerização dos mucopolissacarídeos do tecido conjuntivo.
Ultra-som: aparelho que emite ondas de baixa freqüência numa profundidade de 3 a 4 cm, agitando as moléculas de água da região, que se colidem com as células adiposas, promovendo a eliminação de gordura e toxinas. Esta técnica não é eficiente para casos críticos de celulite e nem apresenta bons resultados se usada isoladamente.

Serviço:
Dra. Riedja Ramalho - Fisioterapeuta Dermato-Funcional

Av. Flor de Santana, 310
Casa Forte - Recife/PE
(81) 3266.6838