quarta-feira, 12 de novembro de 2008

SAÚDE E BEM ESTAR

RESPIRAÇÃO

Nossa respiração é regida pelo Sistema Nervoso Automático, podendo tornar-se voluntária a qualquer momento, pode ser de fraca amplitude em repouso ou de grande amplitude num indivíduo em atividade. Seu ritmo também é variável.

O principal músculo da respiração é o diafragma, ele permite a entrada do ar nos pulmões quando se abaixa e a expulsão do ar quando se eleva. Realiza diariamente em torno de 20 mil movimentos por dia.

Ele está localizado na separação entre tórax e abdome, entre respiração e digestão. Atua no processo digestivo, seu abaixamento vigoroso permite a defecação, age no momento do parto e atua na estática, puxando a região lombar para a frente (inserções nas vértebras lombares e discos intervertebrais).

Ao realizar uma respiração correta, ou seja, aquela na qual intervém o movimento diafragmático, se produzem pressões no ventre que atuarão de forma direta e eficiente para melhorar a digestão, seria como uma saudável massagem sobre todos os orgãos abdominais (fígado, intestino, rins, pâncreas...) melhorando e aumentando as secreções que eles dispõem. Além disso, a respiração influi para destruir as toxinas que se formam no corpo, alterando os resíduos, estabilizando as funções orgânicas e fortalecendo os organismos debilitados.

Em nível corporal, temos toda uma rede energética como temos no carro e na casa, onde o reflexo mais visível desse fluxo é a respiração. Se ela estiver solta e plena, a energia flui e se distribui naturalmente, de forma saudável, auto regulando as tensões. Quando há bloqueios a respiração é rápida, fazendo com que essa energia se concentre em determinadas regiões, originando cadeias musculares tensas (contração involuntária).

Já prestou atenção na sua respiração?
Ela é responsável pela saúde e bem-estar do dia-a-dia e, quando incorreta, pode oferecer problemas a curto e longo prazo além de garantir noites mal dormidas, perda de paladar, defeitos na face e desalinhamento dos dentes.

As pessoas acabam se acostumando a essa condição e não procuram tratamento. Isso pode ser um risco para a saúde, trazendo diversos problemas futuros. Quando respiramos pela boca, perdemos a segurança que as vias nasais oferecem além de apresentar riscos para a laringe, traquéia e pulmões. Uma das funções do nariz é filtrar o ar, protegendo seu corpo contra uma série de microorganismos e, quando você respira pela boca, essa triagem deixa de ser feita.

O nariz forma a primeira barreira, retendo partículas muito pequenas com uma eficiência de quase 100%. Ele ainda umedece e aquecer o ar, tornando-o mais adequado à passagem pela laringe, traquéia e pulmões. Sem esquecer a percepção dos odores, que podem dar o alerta para alguma situação de risco (caso de um alimento contaminado).

O problema é que diante de qualquer dificuldade de respirar pelo nariz, nosso corpo automaticamente passa essa função para a boca, e nos acostumamos facilmente com essa condição. Num adulto, passa pelo nariz cerca de 15 a 20 mil litros de ar por dia. Quando apresentamos qualquer doença que impeça ou dificulte a passagem de ar por ele, começamos a utilizar a boca como via respiratória. Sendo assim, as principais causas de respiração bucal crônica são as alterações e doenças do nariz e dos seios da face , diz o médico.

Dentre os principais motivos para a respiração bucal estão o desvio do septo nasal, as rinites, os pólipos nasais, as sinusites agudas e crônicas e a hipertrofia de adenóide, esta principalmente em crianças. Depois de algum tempo respirando pela boca, o organismo acaba exposto a diversos problemas de saúde. Infecções, como as faringites e amidalites, estão entre elas.

Em crianças, a respiração bucal altera o posicionamento da língua, gerando distúrbios da deglutição, e leva a uma flacidez da musculatura face, que passa a ser menos exigida. Com o decorrer dos anos, principalmente as crianças que ainda estão em desenvolvimento, podem sofrer deformidades da arcada dentária e dos ossos da face.

Tratamento
O diagnóstico da causa da respiração bucal é dado em uma consulta com o médico-otorrinolaringologista. Este especialista, munido de exames complementares como a endoscopia nasal (realizada no consultório após uma aplicação de anestésico na forma de spray), pode inclusive verificar se a respiração bucal do paciente não faz parte de situações mais complexas como a síndrome de apnéia do sono. Cada caso precisa ser tratado de um jeito e pode variar de um simples tratamento de rinopatia, até cirurgias para correção de desvios nasais.

ATENÇÃO
Procure seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios. As informações disponíveis neste Blog possuem apenas caráter educativo.