terça-feira, 21 de outubro de 2008

BEM ESTAR

ABRAÇA QUE É BOM

Além de gostoso, abraçar protege a saúde, retarda o envelhecimento e aquece o coração.

Um estudo do departamento de psiquiatria da Universidade da Carolina do Norte, nos EUA, mostrou que abraçar tem relação direta com qualidade de vida. Com a troca de calor e afeto, o corpo passa por uma dança de hormônios: enquanto o nível de cortisol, o hormônio do stress, despenca, substâncias químicas como a serotonina e a dopamina aumentam, contagiando o cérebro e cada célula do organismo com uma sensação de conforto e felicidade.

Em seguida, a pressão sanguínea diminui e os batimentos cardíacos desaceleram – quadro ideal para ficar protegida de doenças cardiovasculares e viver plenamente por muitos e muitos anos.
Kathleen Keating, autora dos livros A Terapia do Abraço 1 e 2 (Editora Pensamento), lembra que o contato físico não é apenas agradável mas também necessário, ainda mais em tempos em que a gente se comunica virtualmente. “Por vivermos numa época que valoriza a razão e a tecnologia, perdemos a consciência dos sentimentos. Quando nos tocamos e nos abraçamos valorizamos o amor e a cumplicidade, o que alivia a dor, a depressão e a ansiedade”, afirma. Na família desse gesto, os especialistas descrevem cinco tipos que correspondem às mais diversas situações. Pratique: é gostoso e faz bem.

Abrace: três bons amigos, em casal para consolar alguém, dois adultos e uma criança (abraço sanduíche)

Um é pouco, dois é bom, três é melhor ainda. Todo mundo sai ganhando, mas quem fizer o papel de recheio desse sanduíche e ficar no meio tem uma sensação especial de segurança. Por isso, especialistas na terapia do abraço indicam essa modalidade para as pessoas que estiverem passando por um período difícil e precisarem de um apoio extra.

Abrace: seu cachorro, gato, furão... se não tiver, abrace um bicho de estimação emprestado (também ajuda!)

Abraço de amigo para o melhor amigo Logo que você chega em casa, aquela coisa fofa e peluda vai pulando no seu colo. Ao abraçá-lo, ele corresponde com uma lambida ou um latido de felicidade. Cachorro é assim: não julga as suas ações, não tem preconceito (ele não se importa com o seu peso, altura, cabelo...) e não pede nada em troca. Não é á toa que a relação entre o homem e o animal de estimação tem efeito terapêutico para problemas como síndrome do pânico, depressão e solidão. Essa troca de afeto ajuda quebrar a timidez, levanta a auto-estima e melhora a confiança do dono.

Abrace: amigos e amigas de longa data, amigos e amigas recentes, pais, irmãos...(abraço do fundo do coração)

Considerado a forma mais elevada de se abraçar, é pleno, demorado, cheio de cuidados e sincero. Dá apoio e força. Enquanto as duas pessoas respiram juntas, devagar e descontraidamente, prestam atenção no sentimento de carinho que flui de um coração para o outro. Se você estiver aberta, vai encontrar um amor puro e incondicional.

Abrace: marido, noivo, namorado, paquera (abraço de amor)

Beijar é bom demais, mas ficar coladinha com o seu amado não tem preço. Mais do que paixão, o sentimento de um abraço de amor entre homem e mulher é de confiança e cumplicidade. Funciona como se você dissesse a ele (e vice-versa): “Estou aqui para o que der e vier”. Uma pesquisa americana (veja ao lado) provou que ficar em contato com o parceiro aumenta os níveis de oxitocina, um hormônio ligado à fidelidade e responsável pelo impulso e desejo de cuidar do outro.

Abraço imaginário funciona de verdade
Imaginar um abraço gostoso também é eficiente, principalmente naqueles momentos em que você está precisando de uma boa dose de alto-astral e não tem ninguém por perto. Kathleen Keating, autora dos livros A Terapia do Abraço 1 e 2, ensina que situações imaginadas podem nos afetar tão fortemente quanto a realidade. Siga este exercício: feche os olhos e tente se ver abraçando alguém querido. Registre na mente esse abraço imaginário como uma experiência acalentadora e utilize-a quando precisar.
Escolha um bom motivo

Abraçar:
• acaba com a solidão
• ajuda a superar o medo
• constrói a auto-estima
• estimula a vontade de ajudar o próximo
• prolonga a juventude
• ajuda a controlar o apetite (comemos menos quando estamos bem alimentadas com emoções positivas)
• alivia a tensão
• combate a insônia
• é democrático. Todo mundo tem direito.