segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Terceira Idade

Idosos buscam saúde no mundo virtual

Não é de hoje que as pesquisas na área da geriatria vêm mostrando a importância dos estímulos intelectuais e cognitivos para um envelhecimento saudável e bem sucedido. A importância desses estímulos vem sendo comprovada pela Leiaut Informática, primeira escola de informática do Recife a criar turmas específicas para a terceira idade. O sucesso das turmas, com aumento na procura e grandes resultados alcançados pelos alunos, estás sendo comemorada pelos diretores Carlos e Cláudia Carielo.

"Temos alunos que procuraram o curso para buscar mais proximidade com os filhos, outros para desenvolver novas possibilidades de trabalho, mesmo após a aposentadoria e alguns por indicação médica, já que os geriatras aconselham que eles se movimentem e trabalhem a mente, e aprender informática é excelente nesse processo", afirma Cláudia.

O curso se divide em dois níveis. No nível I, eles têm aula básica: aprendem como ligar, desligar o computador, usar windows de forma básica. No nível II, eles aprendem como funciona o micro, como tirar vírus, como usar a impressora scanner e webcam, como criar msn, orkut e skype e ainda a baixar fotos da máquina digital.

Para o médico Alexandre de Mattos, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) é claramente percebido esse crescimento não só na qualidade de vida, mas na saúde de maneira geral dos idosos que desenvolvem contato com a tecnologia.

Antes da popularização da informática e da universalização da internet, alguns estudos já mostravam que os idosos que mantém suas mentes ativas através de estímulos cognitivos (como leitura, palavras cruzadas) têm um envelhecimento mental mais saudável, principalmente no que diz respeito ao menor risco de desenvolvimento de demências, a exemplo, principalmente, da Doença de Alzheimer.

Um estudo muito interessante conduzido nos EUA acompanhou 801 freiras idosas de colégios católicos norte-americanos durante sete anos na década 90. O estudo apontou que aquelas freiras idosas que tinham uma vida com maior estimulação cerebral (através de leituras de jornais, revistas, palavras cruzadas, internet) tiveram uma chance 33% menor de desenvolver Doença de Alzheimer.
Marcela Sotero

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