
A iniciação sexual antes dos 16 anos tem aumentado e muitas vezes vem acompanhada de sentimento de culpa: grande parte dos adolescentes que iniciaram suas experiências sexuais precocemente, se arrependem e referem que desejariam ter esperado mais tempo.
Pesquisadores do MRC Social and Public Health Sciences Unit, da Escócia, avaliaram 7395 estudantes adolescentes (3665 meninos e 3730 meninas) acerca de suas experiências sexuais e suas atitudes frente às mesmas. Cerca de 30% das meninas e 27% dos meninos relataram que a sua primeira relação sexual ocorreu muito cedo ou que até mesmo não deveria ter ocorrido. Os meninos referiram arrependimento por terem pressionado as parceiras a praticarem sexo e elas, por sua vez, por terem cedido à pressão ou por não terem planejado a relação sexual.
Estas características da prática sexual entre os jovens favorecem a disseminação das doenças sexualmente transmissíveis e dificultam o "sexo seguro". Outros valores também devem ser considerados:
• valores machistas que pregam que o homem "normal" é aquele que tem relações sexuais com o maior número de parceiras e que é falta de virilidade deixar de ter relações sexuais com mulheres que se mostram disponíveis;
• a noção de onipotência, típica dos adolescentes, os leva a acreditarem que jamais vão contrair doenças sexuais e que estão imunes a uma gravidez não planejada;
• o uso da camisinha muitas vezes está associado à diminuição do prazer, tornando-a alvo de preconceitos e rejeição quanto à utilização.
• mesmo sendo a monogamia a norma mais recomendada socialmente, grande parte dos adolescentes buscam experiências sexuais com vários(as) parceiros(as) ao mesmo tempo.
Considerando tais aspectos levantados, fica claro que nossos jovens ainda carecem de orientação eficiente, para que construam uma visão mais saudável da sexualidade e para que escolham o momento em que realmente estejam preparados para assumir a iniciação sexual.
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